Desejos vãos – Florbela Espanca
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!…
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!…
Distrai, meu coração, tua amargura, Os males que te assanha a fantasia: Provém da formosura essa agonia? Seja o seu lenitivo a formosura: Por mil objetos adoçar procura O ardor, que lavra em ti de dia em dia; Mas ó fatal poder da simpatia! Ó moléstia d’amor, que não tem cura! Astúcia exercitar que te… Ler mais