Fechando a Janela
A insessante busca talvez importune e aborreça,
Dar-se a conhecer qual se é,
Sem dúvida é uma tarefa espinhosa,
Complicada e de certo para poucos.
Já diziam os antigos,
A mente e o coração dos outros,
É sempre terra onde ninguém pisa,
Nem com amizade,
Ternura, astúcia, ligeireza e sagacidade é possível prever.
O que insiste em se manter tapado e dirfarçado,
Precisa ser colocado em esquecimento, ser desprezado,
Sair da memória aos poucos até não ser mais lembrado,
Tal qual uma foto que com o tempo desbota-se tanto que não [se pode identificar a imagem],
Perder a lembrança é fechar as janelas, é a morte em vida, [é o verdadeiro estado do que é triste].
(Roberta Dias)