Dor familiar
Que dor é esta que adormece,
E momentaneamente suaviza,
Mas retorna a cada lembrança,
De promessas não cumpridas,
Movimentando a água parada,
Tornando-a turva, suja, impura,
Como esgoto armazenado,
Carente de periódica limpeza,
Para não transbordar em ódio,
Ou amargura no coração já mutilado,
Descrente das palavras de seu tutor,
Temporário e passível de erros,
Que a sua maneira fez o melhor que pode,
E apesar do constante sofrimento lhe sou grata.
(Roberta Dias)