Distrai, meu coração, tua amargura…
Distrai, meu coração, tua amargura,
Os males que te assanha a fantasia:
Provém da formosura essa agonia?
Seja o seu lenitivo a formosura:
Por mil objetos adoçar procura
O ardor, que lavra em ti de dia em dia;
Mas ó fatal poder da simpatia!
Ó moléstia d’amor, que não tem cura!
Astúcia exercitar que te resista,
Minha Anália, meu bem, debalde intento,
Está segura em mim tua conquista.
Como hei de minorar-te o vencimento,
Coartar o império teu, se as mais à vista
Valem menos que tu no pensamento@f0
(Os Amores – Poemas Escolhidos – Bocage)
“Quatro Mimos”
Márcio Rocha Dias
Na banca de saltérios, recordo a beleza de tua euforia.
Tal como criança hipnotizada diante da gôndula de doces.
Fico paralisado, querendo lhe presentear com tais escritos,
Alguns me arrebatam e te compro quatro mimos.
Valiosos, pois ainda que aprisionados na embalagem,
Me animam quando me remetem ao teu sorriso.
Longe de suprir o vazio causado pela distância,
Mas laureantes, amigos e confortantes.
As horas passam, vou a janela e olho o céu.
Vejo a a lua que parece tão solitária quanto eu.
E mesmo as estrelas que normalmente estão por perto,
Hoje estão distantes, porém vivas e brilhantes.
Esperando anciosas e pacientes,
Pelo momento exato de brilharem juntas novamente.
Que lindo amore!!! Estou com tanta saudade de você!!! TE AMO!!! Montão, montão, demais da conta…